sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Derrota de quem, mah?

Sou viciado em política stricto sensu desde novinho. Fã de carteirinha da Heloísa Helena desde a época de PT. Tenho fita com suas explosões no Senado que eu assistia ao vivo. Fui até no aeroporto no dia que ela veio pra Fortaleza, como uma menininha vai ver Bruno&Marrone ou a Sandy. Apesar disso, não sou um dos que mais entende das coisas.

Mesmo assim vou me atrever a tocar em alguns temas que não conseguem entrar na minha cabeça. A principal delas é negociação interpartidária. No ínicio do segundo mandato de Lula, houve uma "reforma ministerial". O que mais me recordo era o PMDB exigindo Ministérios para continuar uma coligação com o Governo. Ou seja, aprovar as emendas, as medidas provisórias, etc. e outras coisas que vinhessem dos que estão na situação. Mas, sinceramente, eles devem analisar e aprovar aquilo que é bom para o povo brasileiro, ou simplesmente votar de acordo com quem propôs a mudança? Não tem de ter negociação nenhuma. Cada um vota naquilo que acha correto, independente de ter um, dois ou doze ministérios sob sua administração. Pelo menos, creio que assim que as coisas deveriam se desenvolver.

Outra negociação ridícula foi mais recente. Queriam trocar a absolvição de Renan pela aprovação do CPMF. "Carajo!", que indecência! E isso na cara de todo mundo, sem discrição da puta velha que já não leva mais a bolsa para não ser tão facilmente cortejada. Infelizmente pra alguns e felizmente pra outras, a CPMF foi derrotada no Senado. Com votos abertos diferentemente do caso Renan. Eu, que sou cearense, sei que o Inácio e a Patrícia foram a favor da CPMF e o galeginho foi contra. Apesar da maioria do Senado ser a favor, são necessários pela Constituição de 1988 três quintos para a aprovação de uma Emenda Constitucional como no caso.

Ontem o assunto foi debatido na Assembléia Legislativa do Ceará e o Prof. Artur Bruno falou tudo que estava enganchado na garganta. Chorou a derrota. Disse que o motivo era para reduzir as arrecadações de um governo que se mostrava com altos índices de crescimento, pura picuinha política, que foi a derrota da saúde pública. Hoje já se vêem notícias de criação de outros impostos para suprir o rombo deixado pela CPMF. Deixa criar, deixa criar... Deixa os meninos criarem, tão na época da cabeça fértil.

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