quinta-feira, 29 de novembro de 2007

OS FLANELINHAS SÃO NEOLIBERAIS


Eles realmente são, acredite. O Tasso Jereissati é flanelinha. O Zé é neoliberal. Os dois nos extorquem, apropriam-se do bem público e guardam nossos carros, são VIGILANTES. Fartura, fatura, mas ...quanto, por quanto e até quando? Palpito que até a morte, a nossa.
Os flanelinhas deterioram nossos carros(ou nossas vidas) se não dermos a gorjeta. Os Tassos nos prendem em cárceres privados, os shoppings. Os flanelinhas usam paus, pedras, facas e eventualmente escopetas e metralhadoras. Os "tassos" possuem máquinas, policiais, seguranças , o BOPE. Além do culto a Friedman, o que os dois têm em comum e com quem os dois contam? Os dois fazem parte de corporações (sentido lato), os flanelinhas da AVV ( Associação de Vigilantes de Veículos) e os "tassos" da FECOMERCIO e da FIEC. Os dois vão de encontro à lei, aos direitos fundamentais, à civilização justamente organizada. Os dois contam com o Estado, o flanelão maior. E o pior dessa pocilga toda é que sabemos de tudo. E o elemento mais trágico, é que não fazemos nada.
O fundamentalismo de mercado apregoa que somente o que se cerca adquire valor. Como bons seguidores da religião, os flanelinhas delimitam espaços na rua, fazem dinheiro e não pagam impostos. São trabalhadores informais e sofrem todas as conseqüências decorrentes disso. Os tassos , como fanáticos homens-bombas do lucro desenfreado e irresponsável, delimitam espaços na cidade, de preferência os ambientalmente protegidos, e sonegam impostos. São considerados empresários e adivinha?...desfrutam de todas as conseqüências advindas disso.
O Zé não se importa em ser neoliberal. O Tasso não se importa em ser flanelinha. O Zé fatura 10000 por ano na Beira-mar. O Tasso 10000 por hora guardando carros no Cocó. O Estado execrável e conivente fatura 15,6 milhões por ano em toda a cidade.
Locupletar-se de dinheiro às custas dos mais fracos, dos impotentes, é a marca do estado,do empresário e do flanelinha neoliberal. Uma rede impudica que trabalha na surdina harmonicamente, sendo negligente, corrompendo e extorquindo. Cada uma com sua função, é a Indústria da inVigilância Compulsória Ilimitada . A indústria que não produz, só arrecada.

2 comentários:

Pedro Roney disse...

Porra, mermão. Que texto!...
e que audácia. mal sabe o louco que ostentamos em nosso meio membros ativos da juventude psdbista de goiás. mas é nessa intrepidez, na vontade de mostrar as verdades da vida, que surgem os grandes homens.
quanto a questão do bem público, nos aprofundemos mais, porque ninguém pode se apropriar de um bem público, porque ele é indivisível, seguindo os princípios de "não-exclusão" e "não-rivalidade". ;)

Afonso disse...

São afilhados do Seu Cosme!

Sem querer torná-los coitadinhos absolutos, mas dando 10 centavos de desconto no exagero do texto, digo que isso pelo menos serve como freio para muitos.

Boa análise. E faço coro com o Roney: aprofundemos.